Curso inovador forma professores indígenas  

Postado por Alunos do Curso de Jornalismo do Vale do Juruá


                O curso superior em Educação Indígena do Campus Floresta é pioneiro no estado do Acre. Voltada para a formação em Licenciatura Plena para atender os professores indígenas, a nova graduação foi implantada no ano passado, e atualmente funciona com duas turmas no Centro Diocesano.



                Com suas particularidades, o curso tem o seu Projeto Político Pedagógico baseado em experiências de outras instituições com a mesma finalidade, e que já atuam nos estados de Roraima, Amazonas, Mato Grosso e Minas Gerais. Para atender os professores indígenas que trabalham em comunidades distantes e isoladas, o curso tem sua metodologia baseada no modelo de Educação no Campo.


             Os períodos do curso dividem-se em duas fases: uma presencial, quando os acadêmicos provenientes de várias etnias e terras indígenas ao longo do território acreano se reúnem por um período de dois meses para assistirem aulas em tempo integral. Um segundo momento acontece quando os alunos retornam para suas aldeias e aplicam na prática o que aprenderam na universidade.



              “Foi a solução encontrada para vencer as barreiras impostas pela realidade de nossos acadêmicos. Não é viável os períodos presenciais terem a duração de seis meses como acontece nos outros cursos regulares da UFAC. Mesmo nas fases intermediárias, os alunos podem receber orientações dos professores, que na medida do possível se deslocam até as aldeias“, explica a bióloga, com mestrado em recursos florestais, Valquiria Garote, que faz parte do quadro de quatro professores que lecionam no curso.


               Ainda segundo a professora, outro caráter inovador do curso é a participação
ativa dos acadêmicos no planejamento pedagógico. Para a professora, só assim se poderia atender a demanda de um curso caracterizado pela diversidade de língua e costumes que representam a realidade de vários povos e terras indígenas.


              Os acadêmicos do curso superior em Educação Indígena passam por duas etapas de formação. Na primeira etapa todos participam de um mesmo núcleo geral. Na etapa seguinte os alunos são separados de acordo com a área afim. Quatro são estas áreas de especialização: Ciência da Educação, Linguagem de Arte, Ciência da Natureza e Ciências Especiais de Humanidade.

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